Pelo menos 50 pessoas morreram e outras 120 ficaram feridas pelos bombardeamentos israelitas nas últimas 24 horas na zona de Khan Yunis, Sul de Gaza A informação foi dada, ontem, pela agência de notícias palestiniana WAFA.
“Fontes médicas anunciaram que 50 pessoas foram mortas e 120 feridas nos bombardeamentos de ocupação na zona ocidental de Khan Younis durante as últimas 24 horas, área que está a ser foco de ataques das forças israelitas”, informou a agência oficial. Intensos confrontos armados e ataques também ocorrem em torno de hospitais da região, como Al Nasser e Al Amal.
De acordo com uma porta-voz do Crescente Vermelho Palestino, três deslocados internos “morreram e outros dois ficaram feridos pelos ataques da ocupação (Israel) em frente ao portão Norte da sede do Crescente Vermelho Palestino em Khan Yunis”, que está localizado na área do Hospital Al Amal.
Por sua vez, segundo WAFA, grupos como os Médicos Sem Fronteiras (MSF) “expressaram preocupação com a segurança das pessoas dentro do hospital Nasser, “devido aos bombardeamentos contínuos nas suas proximidades, sublinhando que devem ser protegidos”. Os MSF alertaram que está a ser “impossível” os feridos chegarem ao centro de saúde.
Já o Exército israelita informou, ontem, que as suas tropas “continuam a intensificar as operações contra o Hamas” em Khan Younis e no seu campo de refugiados. Segundo um porta-voz militar, as tropas mataram numerosas células terroristas com tiros de franco-atiradores, tanques e aeronaves, “e as forças aéreas “ajudam as tropas terrestres a frustrar ameaças iminentes e a atacar infra-estruturas terroristas”.
A mesma fonte acrescentou que “durante o último dia, as tropas do Exército realizaram ataques selectivos contra alvos terroristas na área e confrontaram numerosos terroristas”, e atacaram grupos de milícias que “planeavam disparar contra as forças com mísseis antitanque”.
O Exército acrescentou que continuou a operar no Norte de Gaza durante o último dia, onde aviões israelitas “mataram numerosos terroristas sob a direcção terrestre de tropas”.
A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza eclodiu em 7 de Outubro, após um ataque do grupo islâmico que deixou 1.200 mortos em território israelita.
Desde então, a ofensiva israelita no enclave costeiro deixou quase 25.500 mortos, e acredita-se que outras 8.000 pessoas tenham morrido sob os escombros de edifícios destruídos, no meio de uma devastação generalizada e de uma crise humanitária.