A partida do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, vai provocar um caos económico e pode desencadear violência generalizada na África do Sul, advertiu uma organização de profissionais representantes de diferentes comunidades. Esta entidade denominada “Transform SA” endereçou uma carta ao comité executivo do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, advertindo-o dum debate sobre a destituição de Zuma.
A carta, escrita pelo consultório de advogados Maubane Mphhlele IC, pede ao ANC para “não ter a intenção de discutir, debater ou decidir sobre a destituição do Presidente Zuma”. “Qualquer tentativa de qualquer estrutura sob o controlo do ANC de destronar o Presidente Zuma seria ilegal e inconstitucional”, declarou- se nesta carta datada de 10 de Janeiro corrente. News 24 relatou Sexta-feira que a carta foi endereçada ao ANC algumas horas antes da abertura da primeira reunião anual de um órgão do ANC que devia discutir sobre o rumo de Zuma.
Contudo, esta questão não foi evocada durante a curta reunião do comité que se concertou antes sobre o conteúdo da declaração de 08 de Janeiro para a celebração do 160º aniversário do partido em East London, Sábado. O líder de Transform SA, Adil Nchabeleng, declarou a News 24 que o comité executivo do ANC (NEC) não têm competência para destituir Zuma do seu cargo de Presidente da República e que esta prerrogativa cabe ao Parlamento.
“O Presidente do país não é eleito pelo NEC, mas pelo Parlamento. Assim, o poder deste comité é limitado, a menos que emende os estatutos do partido”, revelou Nchabeleng. O futuro de Zuma parece incerto desde que Cyril Ramaphosa foi eleito o presidente do ANC depois da conferência electiva deste em Dezembro.