“Todos por todos”, afirmou o Papa da varanda central da Basílica de São Pedro, antes de dar a bênção Urbi et Orbi (à Cidade e ao Mundo) perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Na sua mensagem pascal, na qual recordou “as vítimas de tantos conflitos em curso no mundo, a começar pelos de Israel e da Palestina, e da Ucrânia”, e pediu que “Cristo ressuscitado abra um caminho de “Um homem e uma mulher ficaram gravemente queimados e foram declarados mortos pelos médicos” num dos bairros informais, disse o porta-voz do Serviço de Bombeiros e Salvamento da Cidade do Cabo, Jermaine Carelse, em comunicado.
Dois dos incêndios ocorreram na noite de sábado e outro na madrugada de domingo. O maior, na cidade de Mfuleni, 30 quilómetros a sudeste da Cidade do Cabo, destruiu cerca de 150 casas improvisadas, paz para as populações sofredoras destas regiões”. O Papa exortou depois ao “respeito pelos princípios do direito internacional”.
E, entre os seus pedidos, apelou a “uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”. Francisco também reiterou o seu apelo para que “seja garantida a possibilidade de acesso humanitário a Gaza”, apelando, mais uma vez, à “rápida libertação dos reféns raptados em 07 de Outubro e a um cessar-fogo imediato na Faixa”.
“Não permitamos que as hostilidades em curso continuem a afectar gravemente a população civil, já exausta, e especialmente as crianças. Quanto sofrimento vemos nos seus olhos”, disse o líder máximo da Igreja Católica Apostólica. O Papa lançou ainda um aviso: “Não deixemos que os ventos da guerra soprem cada vez mais forte sobre a Europa e o Mediterrâneo” e “não cedamos à lógica das armas e do rearmamento”. “A paz nunca se constrói com armas, mas com a abertura dos nossos corações”, sublinhou.
Esta mensagem foi proferida pelo Papa Francisco depois de ter presidido à missa de domingo de Pás- coa e na qual não houve homilia. Depois de não ter participado na sexta-feira na Via-Sacra no Coliseu de Roma, para preservar a sua saúde, o pontífice argentino apresentou-se ontem, segundo as agências internacionais, “em boa forma”, tal como no sábado, quando presidiu à Missa da Vigília Pascal.
No final da missa de ontem – concelebrada por mais de 350 membros do clero, entre cardeais, bispos e padres -, Francisco percorreu de papamóvel a Praça de São Pedro, cumprimentando os fiéis. O átrio da basílica foi decorado com dezenas de milhares de flores, graças ao contributo dos floristas holandeses e à colaboração dos trabalhadores do Serviço de Jardinagem e Ambiente.