O Papa Francisco lançou, ontem, um “apelo urgente” para evitar “uma espiral de violência com o risco de arrastar o Médio Oriente para um conflito ainda maior”. Francisco apelou também à comunidade internacional para ajudar israelitas e palestinianos a viverem em “dois Estados vizinhos”.
“Apelo, urgentemente, a que se ponha termo a todas as acções que possam alimentar uma espiral de violência com o risco de arrastar o Médio Oriente para um conflito ainda maior”. O líder da Igreja Católica afirmou que ninguém deve ameaçar a existência de outro, “deve seguir com preocupação e também com dor a evolução da situação após o ataque do Irão a Israel”, disse
O Médio Oriente atravessa um período de tensão acrescida, agravada com o ataque do Irão a Israel, que na noite de Sábado e na madrugada de ontem lançou mais de 300 ‘drones’, mísseis e mísseis balísticos que não causaram vítimas mortais (um ferido grave e oito ligeiros), mas que marcaram o primeiro ataque deste tipo a partir de solo iraniano.
“Todas as nações estão do lado da paz e ajudam os israelitas e os palestinianos a viver em dois Estados, lado a lado, em segurança, que é o seu desejo profundo e legítimo e o seu direito. Dois Estados vizinhos”, disse após a recitação do Regina Coeli, que substitui o Angelus na Páscoa. Da janela do Palácio Apostólico, perante os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Francisco apelou também a “um rápido cessar-fogo em Gaza” e a que “se prossiga o caminho da negociação”, repetindo a última palavra: “negociação”.
O Papa pediu também “determinação para ajudar a população precipitada numa catástrofe humanitária e para libertar rapidamente os reféns raptados há meses. “Tanto sofrimento, rezemos pela paz. Basta de guerra, basta de ataques, basta de violência, que haja diálogo e paz”, disse Francisco, cujo apelo foi recebido com aplausos na praça.
A presidência italiana do G7 convocou para ontem ao início da tarde uma videoconferência com os líderes das sete democracias mais ricas do mundo para discutir o ataque iraniano a Israel, enquanto o Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma sessão de emergência a pedido de Israel.