No seu primeiro dia na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ontem em Lisboa, o Papa Francisco encontrou-se com 13 vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa.
O encontro desta quarta-feira aconteceu longe dos holofotes mediáticos e durou mais de uma hora. Seguiu-se a uma missa no Mosteiro dos Jerónimos, em que o pontífice denunciou os abusos e priorizou as vítimas.
“Os escândalos desfiguraram o rosto da instituição e apelam a uma purificação humilde e constante, partindo do grito angustiado das vítimas, que devem ser sempre acolhidas e escutadas”, afirmou o Pontífice.
Francisco falou ainda da “desilusão” e da “raiva que alguns alimentam em relação à Igreja” devido aos abusos.
Em fevereiro, a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa apresentou o seu relatório final, que apontava 4.815 vítimas desde 1950. Alguns dos alegados abusadores permanecem no ativo.
O pontífice vai celebrar a última missa da JMJ, no domingo.