O Papa Francisco apelou, ontem, “à sabedoria dos governantes” para evitar uma escalada da guerra, depois de lembrar os conflitos na Ucrânia, na Palestina e Israel, durante a oração do Angelus na Praça de São Pedro.
Francisco começou o seu apelo pedindo paz no Sudão e o “empenho das autoridades locais e da comunidade internacional em levar ajuda às populações e para que as muitas pessoas deslocadas possam encontrar abrigo e proteção nos países vizinhos”.
Posteriormente, como em todas as suas aparições públicas, pediu que “não se esqueçam os mártires da Ucrânia, de Israel e da Palestina” e apelou à “sensatez dos governantes para evitar uma escalada”.
“Que sejam feitos esforços no diálogo e nas negociações”, acrescentou o Papa, inclinando-se para fora da janela do palácio papal.
Na Quinta-feira passada, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, afirmou que autorizar o uso de armas fornecidas pela NATO à Ucrânia em território russo como proposto pelo secretário da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg – significaria uma “escalada incontrolável” do conflito.
“Penso que esta possibilidade deve preocupar a todos aqueles que se preocupam com o destino do nosso mundo”, disse Parolin à agência ANSA, à margem de um evento na Universidade Católica de Milão.
Segundo Parolin, “isto pode significar uma escalada que já ninguém conseguirá controlar” e é “uma perspectiva muito preocupante”.