Na semana passada, Brekelmans confirmou, oficialmente, pela primeira vez, que o seu país entregou o primeiro lote de caças F-16 a Kiev, dos 24 prometidos, e que o restante vai ser enviado nos próximos meses.
Ontem (17), ao chegar a uma reunião dos ministros da Defesa dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o ministro holandês disse que a Ucrânia deve cumprir o direito internacional.
Porém, segundo ele, o direito internacional não restringe o uso de caças no território fronteiriço e a 100 km da fronteira. “É por isso que permitimos que a Ucrânia use os F-16 para autodefesa.
E a auto-defesa pode exigir a interceptação de mísseis ou ataques, por exemplo, contra aeródromos na Rússia, ou seja, contra alvos militares. E isso também pode ser feito no território russo ou no espaço aéreo russo”, disse o ministro.
Os Países Baixos já forneceram à Ucrânia 60 tanques soviéticos T-72; mais de 200 veículos de combate de infantaria YPR de vários tipos; cerca de 100 tanques Leopard 1 juntamente com a Dinamarca e a Alemanha; ainda 14 tanques Leopard 2 reparados juntamente com a Dinamarca; oito peças de artilharia PzH2000; dois sistemas de mísseis terra-ar Patriot e mais de 500 drones.
Além disso, Kiev recebeu de Haia mísseis, morteiros, espingardas, metralhadoras e vários tipos de munição desde o início da operação especial russa. Militares e especialistas russos estão a monitorar de perto o uso de armas na Ucrânia e registaram o envolvimento directo do Ocidente, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os Estados Unidos e a OTAN estão directamente envolvidos no conflito, não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal militar ucraniano no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.