O secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), o norueguês Jens Stoltenberg, afirmou nessa Terça-feira (14) que trabalha para fazer avançar os pedidos de adesão da Suécia e da Finlândia, e não descartou a possibilidade de processar as demandas de maneira separada
“A pergunta central não é se a Finlândia e Suécia serão ratificadas ao mesmo tempo.
A questão central é se sejam são ratificadas como membros plenos (da Otan) o mais rápido possível”, disse Stoltenberg antes de uma reunião ministerial da aliança.
“Tenho certeza de que os dois países serão membros plenos.
E estamos a trabalhar muito para que sejam ratificados o mais rápido possível”, acrescentou.
No ano passado, Finlândia e Suécia abandonaram décadas de não alinhamento militar automático com a Otan e apresentaram, em Maio, os pedidos de adesão à aliança, uma etapa que precisa da unanimidade entre os países do bloco.
Porém, a Turquia (membro fundamental da Otan) apresentou o seu veto, em particular à Suécia, porque este país concede refúgio a líderes curdos e a pessoas que Ancara suspeita que participaram na tentativa de golpe de Estado de 2016.
No mês passado, o governo turco reagiu com irritação à decisão da Suécia de permitir que manifestantes de extrema-direita organizassem um protesto diante da embaixada do país em Estocolmo, onde algumas pessoas chegaram a queimar um exemplar do Alcorão.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, no entanto, já mencionou uma diferença na atitude da Finlândia.
O governo finlandês expressou o desejo de ingressar na Otan ao lado da vizinha Suécia. Apesar da declaração, as pesquisas indicam que a maioria dos finlandeses deseja a adesão à organização mesmo que a demanda da Suécia seja relegada.
Finlândia e Suécia já estão, de facto, parcialmente integradas nalgumas acções da Otan.
Os ministros da Defesa dos dois países participam em reuniões da aliança militar.