O secretário-geral da ONU reconhece as “preocupações legítimas de Israel”, mas diz-se “profundamente consternado” pelo “bloqueio total” da Faixa de Gaza imposto por Telavive.
António Guterres apelou à comunidade internacional a “mobilizar apoio humanitário urgente” para os civis palestinianos “retidos” no enclave.
O líder das Nações Unidas lembra ainda que as operações militares devem acontecer em “conformidade com o direito internacional humanitário”.
Em conferência de imprensa, Guterres sublinhou que “a situação humanitária em Gaza já era extremamente difícil antes das hostilidades, agora vai deteriorar-se de forma exponencial.
É desesperadamente necessário equipamento médico, comida, combustível e outros bens humanitários, e ainda o acesso a pessoal humanitário” O secretário-geral da ONU reiterou a sua “condenação absoluta” dos “ataques repugnantes” do movimento islâmico palestiniano Hamas contra Israel.
“Reconheço as legítimas queixas do povo palestiniano. Mas nada pode justificar esses actos terroristas, assassinatos, mutilações e sequestros de civis”.
Guterres pediu o fim dos ataques a Israel e aos territórios palestinianos ocupados, alertou para as consequências humanas e pediu a “todas as partes e actores relevantes” que permitam “o acesso da ONU para a entrega de assistência humanitária urgente aos civis palestinianos retidos e indefesos da Faixa de Gaza”.
OMS pede abertura de corredor humanitário
A Organização Mundial da Saúde pediu, essa Terça-feira, 10 de Outubro, a abertura de um corredor humanitário para a Faixa de Gaza, que está bloqueada e sob bombardeio das forças israelitas após ataques do Hamas que resultaram em centenas de mortes em Israel.
Ontem, no Cairo, Egipto, país que partilha fronteira com Gaza, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, discutiu com Abdel Fattah al-Sissi, o Presidente egípcio, a possibilidade de enviar produtos básicos de saúde e funcionamento hospitalar.