A missão das Nações Unidas na República CentroAfricana afirmou, ontem, que cerca de 30 civis foram mortos em 12 dias no país e instou os rebeldes e as milícias de autodefesa a “cessarem imediatamente as hostilidades”.
A guerra civil que o país enfrenta, desde 2013, diminuiu consideravelmente de intensidade desde 2018, mas transformou-se, progressivamente, em confrontos dispersos e esporádicos entre movimentos armados rebeldes por um lado, e, por outro, o exército, com os seus apoiantes russos do grupo Wagner, e certas milícias de autodefesa que lhes servem de auxiliares.
A Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) “condena veementemente os assassinatos desprezíveis de cerca de 30 civis em ataques” entre 02 e 14 de Abril no Sudeste, Sul e Oeste do país, declarou em comunicado a entidade.
A MINUSCA, que chegou em 2014, conta actualmente com cerca de 14 mil soldados da paz.
Em Dezembro de 2020, o Presidente da RCA, Faustin-Archange Touadéra, pediu a Moscovo que viesse em socorro face aos rebeldes que marchavam sobre Bangui, a capital, e centenas de paramilitares do grupo Wagner vieram reforçar as centenas já presentes, para repelir a rebelião.
Desde então, as organizações não governamentais internacionais e a ONU acusam os rebeldes, o exército centro-africano e os paramilitares Wagner de cometerem regularmente crimes e abusos contra civis.