A Organização das Nações Unidas (ONU) abre um inquérito especial sobre os recentes massacres dos seus 15 Capacetes Azuis e o ferimento de várias dezenas de outros no conturbado leste da República Democrática do Congo (RDC), declarou um dos porta vozes, um mês após o massacre mais mortífero contra uma missão em mais de 25 anos.
Segundo o porta-voz, o Secretário- Geral (SG), António Guterres, anunciou Sexta-feira última a nomeação de um alto responsável dos Capacetes Azuis reformado, Dmitry Titov, da Rússia, para dirigir este inquérito especial no território de Beni, na província de Kivu-Norte, no leste da RD Congo.
Em causa está o ataque de 7 de Dezembro último contra uma base da Missão Multidimensional Integrada da ONU para a Estabilização da RDC (MONUSCO) em Semuliki, em Beni, e que fez 15 mortos, todos os capacetes azuis tanzanianos, mais de 43 outros feridos e um dado como desaparecido até ao momento. As Nações Unidas indicaram que este inquérito especial vai examinar as circunstâncias desta ofensiva, avaliar o nível de preparação geral da MONUSCO, a resposta a dar aos acontecimentos e às recomendações sobre a forma como impedir a repetição de tais actos no futuro.
A missão de inquérito, que inclui dois oficiais do Exército tanzaniano, desloca-se em Janeiro corrente à RD Congo e igualmente aos países afectados na região dos Grandes Lagos em África. Nas Nações Unidas desde 1991, Tivo desempenhou as funções de Secretário-Geral adjunto para o Estado de Direito e Instituições de Segurança no Departamento das Nações Unidas para as Operações de Manutenção da Paz (DPKO) de 2007 a 2017. Também já foi o director para África do Escritório das Operações de Manutenção da Paz junto do DPKO.