Oito russos detidos e mantidos em países da OTAN foram trazidos de volta à pátria, nessa quinta-feira (1.º), informou o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB)
Segundo o FSB, os russos que retornaram à sua terra natal foram trocados por um grupo de pessoas que “agiram no interesse de Estados estrangeiros em detrimento da segurança da Federação Russa”.
Segundo o serviço, o regresso dos compatriotas à Rússia foi possível graças ao trabalho sistemático de agências governamentais competentes e parceiros estrangeiros.
“A Rússia está totalmente satisfeita com a troca de prisioneiros”, relatou uma fonte próxima às agências competentes da Rússia à Sputnik. Um grupo de pessoas condenadas a longas penas de prisão, incluindo penas perpétuas, foi devolvido à Rússia, disse uma fonte da agência russa competente.
Artem e Anna Dultsev, Pavel Rubtsov, Vadim Konashchenko, Mikhail Mikushin e Roman Seleznev, que estavam presos em países da OTAN, retornaram à Rússia, informou uma fonte à Sputnik.
Aqueles que retornaram à sua terra natal foram acusados de cooperar com agências de inteligência russas, observou a fonte. Em vários casos, a culpa dos detidos e condenados não foi provada. Os russos que retornaram passarão por um exame médico completo, enfatizou a fonte.
Perdão
O presidente russo Vladimir Putin assinou decretos para perdoar cidadãos estrangeiros trocados, incluindo Whelan e Gershkovich, disse o Kremlin. “Moscovo é grata à liderança de todos os países que forneceram assistência na preparação da troca”, acrescentou o Kremlin.
OTAN mira a Rússia
A OTAN está a treinar perto da fronteira ataques nucleares contra o território da Rússia, disse, em entrevista à Sputnik, o chefe do Serviço de Fronteiras do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), general Vladimir Kulishov.
“Perto da fronteira russa, a actividade de inteligência da OTAN está a se intensificar, está a aumentar a intensidade das acções de treinamento operacional e de combate das tropas da aliança, durante as quais são praticados cenários de operações de combate contra a Rússia, incluindo ataques nucleares em nosso território”, disse ele.
Segundo observou o interlocutor da agência, essa situação exige a adopção de medidas adequadas para defender e proteger as fronteiras. Recentemente, o secretáriogeral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que “a Ucrânia tem o direito” inclusive de atacar alvos militares no interior do território da Rússia.
Ele acrescentou que “alguns aliados” já levantaram certas restrições aos ataques e, na opinião de Stoltenberg, “é hora de levantar outras restrições também”.