A Agência Espacial do Japão (Jaxa) ordenou, ontem, a destruição do foguetão H3, pouco depois da descolagem para o vôo inaugural, devido a uma aparente falha nos motores secundários.
Desenvolvido conjuntamente pela Jaxa e pela Mitsubishi Heavy Industries, o foguetão descolou do Centro Espacial Tanegashima, em Kagoshima (Sudoeste), às 10:37 (00:37 em Angola), mas minutos depois os motores secundários falharam, a ignição e a agência enviou uma ordem de autodestruição para o aparelho.
Em meados do mês passado, o foguetão não chegou a descolar devido a um problema com os impulsionadores, forçando a Jaxa a adiar o vôo inaugural.
O novo foguetão H3, cujo lançamento foi adiado várias vezes nos últimos anos, é de grande importância para o desenvolvimento do programa aeroespacial japonês.
O primeiro vôo do foguete estava inicialmente programado para o final de Março de 2021, mas a data foi adiada por cerca de dois anos devido a problemas com o recémdesenvolvido motor LE-9 da primeira fase e com a substituição de peças.
O H3, preparado para substituir os modelos H2-A e H2-B utilizados pela Jaxa para colocar satélites em órbita, é o primeiro foguetão espacial a utilizar um motor na primeira fase que melhora a eficiência do combustível.
O foguetão, que marca a primeira renovação do veículo de lançamento da nave principal do país em duas décadas, deverá colocar em órbita o satélite de observação terrestre DAICHI-3 para monitorizar a situação em áreas afectadas por catástrofes.