Uma delegação israelita liderada pelo chefe da agência de espionagem Mossad, David Barnea, está em Paris desde Sábado, 24, para conversações sobre a libertação dos reféns nas mãos do Hamas e o cessar-fogo em Gaza
Os mediadores de paz em Paris estão a trabalhar para garantir um cessarfogo em Gaza, na esperança de evitar uma ofensiva israelita na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas encontram-se abrigadas.
O Governo de Telavive não comentou publicamente as negociações. As forças israelitas lançaram mais de 70 ataques desde em vários locais de Gaza, incluindo Deir al-Balah, Khan Younis e Rafah.
O Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, recentemente que pelo menos 92 pessoas foram mortas nos ataques. Israel diz que atacará a cidade se nenhum acordo de trégua for alcançado em breve.
Os Estados Unidos instaram o seu aliado na região a não o fazer, alertando que tal ataque causaria enormes baixas civis. Enquanto isso, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, reuniu-se com mediadores egípcios no Cairo para discutir uma trégua na semana passada, na sua primeira visita desde Dezembro.
Um funcionário do Hamas, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade do assunto, disse que o grupo radical não apresentou nenhuma nova proposta nas conversações com os egípcios e que espera para ver o que os mediadores trazem das suas conversações com os egípcios.
Entretanto, na Quinta-feira, 22, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou ao seu Gabinete de Segurança um plano oficial do pós-guerra para Gaza, no qual Israel teria total controlo de segurança sobre o enclave sem a liderança do Hamas e sem qualquer governação da Autoridade Palestiniana baseada na Cisjordânia.
Relatos da mídia indicam que representantes palestinianos que viram o plano o rejeitaram. Partes do plano também vão contra o que Washington previu para a região, que é uma solução de “dois Estados” envolvendo um Estado palestiniano independente.