A moderna fragata russa Admiral Gorshkov entrou na baía de Havana como parte do destacamento da Frota do Norte. Antes do Admiral Gorshkov, entraram o petroleiro Pashin e o rebocador de resgate Nikolai Chiker, e logo depois entrará o submarino nuclear Kazan, para completar a flotilha que permanecerá na capital cubana até 17 de Junho.
A fragata capitânia, adornada com as bandeiras russa e cubana, foi saudada por 21 salvas de canhão. Marinheiros uniformizados formavam formação militar enquanto se aproximavam da ilha.
O Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba anunciou, na Quinta-feira (6) passada, que os navios russos chegariam às águas cubanas. A pasta também afirmou que a jornada naval “corresponde às históricas relações de amizade entre Cuba e a Federação da Rússia”.
Navios russos atracam ocasionalmente em Havana desde 2008, quando um grupo naval chegou à ilha, naquela que a mídia estatal descreveu como a primeira visita desse tipo em quase duas décadas.
Também nessa Quarta-feira (12), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que Moscovo continuará a fornecer ajuda humanitária a Cuba em meio às sanções ilegais dos Estados Unidos contra a nação insular.
“Continuaremos a fornecer ajuda humanitária aos nossos amigos cubanos, inclusive em relação aos desastres naturais, às consequências da infecção pelo coronavírus e, claro, em relação ao efeito dramaticamente negativo sobre Cuba do embargo ilegal imposto pelos Estados Unidos num desafio à posição de praticamente todos os membros da comunidade internacional”, disse Lavrov numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo cubano Bruno Rodríguez Parrilla em Moscovo.
Na Terça-feira (11), o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse à CBS que os EUA acreditam que a visita de navios russos é a reacção de Moscovo às acções norte-americanas relacionadas ao conflito na Ucrânia.
Kirby acrescentou que os EUA “não têm nenhuma indicação e nenhuma suposição de que haja armas nucleares em jogo aqui nesses exercícios ou colocadas a bordo nessas embarcações”, mas que as forças estadunidenses “vão monitorar os navios”.