Os países membros da NATO reúnem-se a partir dessa Terça-feira, 9 de Julho, em Washington, para assinalar os 75 anos da Aliança Atlântica e reafirmar o apoio militar à Ucrânia.
A reunião da NATO começou, ontem, em Washington, nos Estados Unidos, um dia depois de salvas de mísseis russos atingirem várias cidades na Ucrânia. Estes ataques vêm reforçar o apelo do Presidente ucraniano aos aliados ocidentais para obter mais sistemas de defesa anti-aérea.
Volodymyr Zelenskyy estará em Washington para realizar várias reuniões bilaterais e organizar um evento especial com o Presidente dos EUA, Joe Biden, para aliados e parceiros não pertencentes à NATO que assinaram acordos de segurança bilaterais com a Ucrânia.
Desafios da NATO
Além do reforço do apoio à Ucrânia, o pacote de apoio deverá fixar uma ajuda dos aliados de 40 mil milhões de euros por ano- a NATO tem outros desafios como o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza e o papel da China na cena internacional.
A cimeira que assinala os 75 anos da NATO será também a última do actual secretário-geral, Jens Stoltenberg, que terá como sucessor o ex-primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.
O secretário-geral da NATO pretende ainda continuar a fortalecer as parcerias globais da NATO “especialmente no Indo-Pacífico”, tendo convidado para a reunião os líderes da Austrália, Japão, Nova Zelândia e da Coreia do Sul.
Eleições nos EUA A quatro meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden, de 81 anos, quer provar que não só é capaz de derrotar o rival republicano Donald Trump, mas também de governar a principal potência militar mundial. Para além dos eleitores norte-americanos, Joe Biden terá também de tranquilizar os líderes dos 32 países da NATO.
“Os nossos aliados esperam a liderança americana”, e “quem mais poderia vir [no meu lugar], eu alarguei a NATO, tornei-a mais forte”, disse. Os Estados Unidos ponderam dar um novo sistema Patriot à Ucrânia. Sem fornecer grandes detalhes, Joe Biden prometeu “novas medidas para fortalecer a defesa antiaérea da Ucrânia”.
NATO: “o grande inimigo” da Rússia A Rússia afirmou que vai acompanhar com a “máxima atenção” a cimeira da NATO, considerando a Aliança Atlântica como “o grande inimigo”.
A China denunciou as “calúnias” e os “ataques” da NATO, depois do secretário da Aliança Atlântica ter acusado Pequim de apoiar a invasão russa da Ucrânia na véspera de uma cimeira, em Washington.
O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, marca presença na cimeira da NATO em Washington, oportunidade para reafirmar o lugar no palco internacional, onde os parceiros estão preocupados com um enfraquecimento da França que procura consensos para formar um Governo.