O Kremlin afirmou, ontem, que a nomeação do primeiro-ministro cessante neerlandês, Mark Rutte, como próximo secretário-geral da NATO não deverá conduzir a qualquer alteração da “linha geral” da Aliança Atlântica, que a Rússia considera hostil.
“É pouco provável que esta escolha mude alguma coisa na linha geral da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, disse o portavoz da presidência russa, Dmitry Peskov, aos jornalistas. “Actualmente, esta aliança é hostil para nós”, acrescentou Peskov.
Rutte foi, ontem, nomeado o próximo secretário-geral da NATO, sucedendo ao norueguês Jens Stolten berg. A decisão foi anunciada depois de uma reunião do Conselho do Atlântico Norte.
“Hoje, o Conselho do Atlântico Norte decidiu nomear o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, como próximo secretáriogeral da NATO, sucedendo a Jens Stoltenberg”, dá conta uma breve nota divulgada pela Aliança Atlântica.
Mark Rutte, de 57 anos, deverá iniciar funções a 01 de Outubro, quando terminar o mandato de dez anos de Jens Stoltenberg.
Na rede social X, o secretáriogeral cessante, Jens Stoltenberg, saudou “calorosamente a escolha dos aliados da NATO” para seu sucessor. “O Mark é um verdadeiro transatlântico, um líder forte, um criador de consensos”, completou.
O primeiro-ministro dos Países Baixos era já o único candidato ao cargo, após a desistência do Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, a 20 de Junho, e o endosso da candidatura de Mark Rutte.
A nomeação já era esperada, uma vez que os 32 Estados-membros da NATO já tinham anunciado o apoio à sua candidatura.