A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou, nessa Quinta-feira, 11, que se o país deixar de cumprir as suas obrigações financeiras, o que ela avalia ser possível acontecer já no dia 1º, haverá uma “catástrofe económica e financeira”. Nos últimos dias, Yellen tem defendido que o Congresso americano eleve ou suspenda o tecto da dívida para evitar uma crise
“Milhões de americanos podem perder os seus empregos, a renda familiar seria reduzida, as empresas americanas veriam os mercados de crédito se deteriorarem e milhões de famílias americanas que recebem pagamentos do governo, provavelmente, ficariam sem os recursos que lhes foram prometidos”, disse a secretária em conferência de imprensa, em Niigata, no Japão, onde acontece o encontro do G-7 Financeiro.
Segundo Yellen, um calote “ameaçaria os ganhos que trabalhamos tanto para obter nos últimos anos na nossa recuperação pandêmica, e isso desencadearia uma recessão global que nos atrasaria muito mais”.
A secretaria disse ainda que a liderança económica global dos Estados Unidos seria minada, “levantando questões sobre a nossa capacidade de defender os nossos interesses de segurança nacional”.
“Não há nenhuma boa razão para gerar uma crise da nossa própria autoria.
O Congresso dos Estados Unidos elevou ou suspendeu o limite da dívida cerca de 80 vezes desde 1960. Peço-lhe que aja rapidamente para fazê-lo mais uma vez”, afirmou.
Após abordar o “tópico em alta” da semana, como ela mesma se referiu, Yellen disse que as suas três prioridades no encontro do G-7 Financeiro serão tratar da macroeconomia global com acções para reduzir a inflação, sustentar o crescimento e mitigar o impacto de choques externos, redobrar o compromisso com o apoio à Ucrânia no conflito com a Rússia e destacar o trabalho de longo prazo para o fortalecimento da segurança económica.