O candidato Venâncio Mondlane venceu as eleições presidenciais moçambicanas na cidade da Beira, província de Sofala, terceira maior cidade do país, segundo os dados provisórios anunciados pela comissão distrital de eleições.
De acordo com o anúncio feito pelo órgão eleitoral, Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extra-parlamentar Podemos, venceu a eleição presidencial na Beira com 76.140 votos, seguido de Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 64.647 votos.
Lutero Simango, candidato presidencial e presidente do Movimento Democrático Moçambicano (MDM, terceiro partido parlamentar), arrecadou 27.315 votos naquele que é o seu bastião — a Beira é a única autarquia liderada pelo partido em todo o país -, e Ossufo Momade, que lidera a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição), contou 3.625 votos.
Na eleição à Assembleia da República, o MDM liderou, com 75.667 votos, seguido da Frelimo, com 71.669 votos e da Renamo, com 9.314 votos. As eleições gerais de Quartafeira incluíram as sétimas presidenciais – às quais já não concorreu o actual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Apuramento dos votos
De acordo com a legislação eleitoral, até ao final do dia de hoje[ontem] deve estar concluído o apuramento dos resultados provinciais, tendo o apuramento ao nível dos 154 distritos do país sido concluído no fim de semana.
A publicação dos resultados da eleição presidencial pela Comissão Nacional de Eleições, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias (contados após o fecho das urnas), antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.
A votação incluiu legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respectivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir. A CNE aprovou listas de 35 partidos políticos candidatas à Assembleia da República e 14 partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores às assembleias provinciais.