A tecnologia da Quinta Geração, ou 5G, e as vastas possibilidades que a mesma apresenta para um mundo cada vez mais conectado estão a ser apresentadas no Mobile World Congress 2018 (MWC), revelando que a tecnologia 5G está a aproximar-se mais cedo do que o esperado.
A ZTE, uma das principais empresas de telecomunicações chinesas, apresentou um protótipo de telefone 5G no evento que foi realizado na cidade de Barcelona, em Espanha, até ontem, 1 de Março, enquanto trabalha na comercialização de uma gama de produtos que utilizam a tecnologia 5G até ao fim do ano. Enquanto isso, a gigante chinesa de telecomunicações Huawei, que vem investindo em 5G desde 2009, apresentou o “Balong 5G01”, um modem de 5G com uma velocidade de conexão de 2,3 Gbps. Pouco antes do MWC, a Huawei confirmou que havia feito a primeira ligação 5G do mundo entre Castelldefels e Madrid, em Espanha.
A tecnologia 5G permite velocidades de conexão até 100 vezes mais rápidas do que a 4G, o que significa, por exemplo, que um filme de duas horas pode ser baixado em menos de quatro segundos, o que promete uma revolução para o sector do entretenimento móvel. A 5G também possui uma capacidade de dados muito maior, permitindo a ligação de um número muito maior de dispositivos. Na verdade, a Huawei calcula que existem actualmente cerca de 7 biliões de dispositivos móveis conectados à Internet, mas graças a 5G, esse número poderia subir para 100 biliões até 2025. O relatório “Economia móvel”, elaborado pela Associação GSM (GSMA), organizadora do MWC, calcula que dois terços das conexões usarão 4G ou 5G até 2025.
Embora muitos acreditem que o lançamento comercial da 5G será em 2020, outros, como a ZTE, prevêem que ele venha mais cedo, apesar dos problemas sobre os padrões da indústria a serem usados para novas redes que ainda precisam de ser resolvidos. Ramiro Larragan, director de marketing da Huawei-Espanha, disse à Xinhua que “para que a tecnologia 5G alcance verdadeiramente o público, cada uma das etapas do processo precisa de ser completada”. “Isso significa que, em primeiro lugar, precisamos de redes capazes de suportar 5G, caso contrário, há pouco uso no lançamento de dispositivos 5G”.
“É uma cadeia”, disse Larragan, que observou que a Huawei estava a trabalhar em “todas as etapas do processo, a partir da implantação da rede 5G, o desenvolvimento de dispositivos 5G e o aparelho intermediário que distribui o sinal”. “Existem funções que estão actualmente conectadas, mas que não podem ser desenvolvidas porque a rede não as suporta. A tecnologia 5G irá suportar essas funções com avanços em questões como capacidade e transmissão”, disse Larragan.