Segundo o jornal, fontes do Exército de Israel afirmaram que o soldado egípcio disparou primeiro contra um militar israelita. Em comunicado, as Forças Armadas do Egipto confirmaram a morte e informaram que estão a investigar o incidente.
Este seria oprimeiro confronto directo entre soldados israelitas e egípcios desde o início do conflito israelo-palestiniano, em Outubro do ano passado, podendo aumentar a pressão sobre autoridades de Tel Aviv, já amplamente criticadas pela condução do conflito no território palestino.
O incidente ocorreu no dia seguinte aobombardeio de Israel a um complexo de operação do grupo terrorista Hamas, queprovocou um incêndio que matou mais de 40 pessoasnum acampamento de tendas improvisado em Rafah, no Domingo (26). O Exército de Israel informou que o ataque matou dois militantes importantes do grupo palestiniano.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, esteve em Rafah, no Domingo, e foi informado sobre o “aprofundamento das operações lá”, segundo informe divulgado pelo seu gabinete. O Ministério da Saúde palestiniano afirmou que 249 pessoas ficaram feridas.
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino pontuou que a área atingida havia sido designada por Israel comozona humanitária. Netanyahu: ‘Acidente trágico’ O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse nessa Segunda-feira (27), num discurso no Parlamento de Israel, que o ataque foi um “acidente trágico”:
“As mortes ocorreram apesar dos nossos melhores esforços para não machucá-los”, disse o primeiroministro, acrescentando que o governo seguirá com as acções militares em Gaza “até que a bandeira da vitória seja hasteada”.
O conflito actual entre israelitas e palestinianos começou em 7 de Outubro de 2023, após um ataque coordenado pelo Hamas contra mais de 20 comunidades israelitas que resultou em aproximadamente 1,2 mil mortes, cerca de 5,5 mil feridos e na captura de 253 reféns israelitas, dos quais cerca de 100 já foram libertados em troca de prisioneiros palestinianos.
Em retaliação, Israel anunciou a guerra contra o Hamas, bombardeando a Faixa de Gaza e realizando ataques terrestres que já mataram até ao momento quase 40 mil pessoas e deixaram mais de 79,2 mil feridas.