Os manifestantes focaram-se, particularmente, na política antiimigração da administração Trump, numa altura em que o Supremo Tribunal suspendeu as expulsões de imigrantes baseadas numa lei de 1798 sobre “os inimigos estrangeiros”
Milhares de pessoas saíram, esse Sábado, à rua, em Nova Iorque, e noutras grandes cidades dos Estados Unidos no segundo dia de protestos ‘anti-Trump’ no espaço de duas semanas, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Nos cartazes empunhados pelos manifestantes, em Nova Iorque, liam-se frases como “Nenhum rei na América” e “Resista à tirania”, ao lado de imagens do Presidente norte-americano, Donald Trump, com bigode ao estilo do que usava o líder nazi Adolf Hitler.
“A democracia corre grande perigo”, disse à AFP uma descendente de sobreviventes do Holocausto, Kathy Vali, de 73 anos, defendendo que o que os pais lhe contaram sobre a ascensão do nazismo na Europa na década de 1930 “está a acontecer [nos Estados Unidos]”.
Para esta norte-americana, “a diferença com os outros fascistas (…) é que Trump é demasiado estúpido para ser eficaz, e a sua equipa está dividida”.
“Os imigrantes são bem-vindos aqui” foi uma das frases entoadas pelos manifestantes em Nova Iorque. Outra das cidades norte-americanas que foram palco de manifestações ‘anti-Trump’ foi a capital do país, Washington D.C., onde se situa a Casa Branca, a residência e gabinete do presidente norte-americano.
Os protestos foram organizadas pelo grupo 50501, número que representa as 50 manifestações nos 50 estados do país e que resultou num movimento único de oposição ao multimilionário republicano.