Com os olhos do mundo voltados para o conflito na Palestina e no Líbano, centenas de activistas brasileiros aproveitaram esse Sábado, 16, de Novembro a ocasião da cimeira do G20 no Rio de Janeiro para protestar contra o que descrevem como um genocídio, realizando uma marcha ao longo da orla de Copacabana.
“Como não se solidarizar com outros povos que estão sofrendo? A gente também sofre de certa medida não é, em escala diferente. Então eu acredito que a solidariedade entre os povos é o caminho para a mudança no mundo” disse Douglas Fortes, membro do Movimento dos Sem-Terras (MST), que veio de São Paulo para marchar. “O meu país está sofrendo uma violência que não deveria acontecer.
O povo libanês é inocente, sempre foi apoiante da paz e hoje ele está a ser atacado por injustiça de um país que sempre quis guerra. Estamos aqui para pedir um cessar-fogo imediatamente” disse Theodore El Ghandour, brasileiro de descendência libanesa e bispo do vigário patriarcal ortodoxo antioquiano do Rio de Janeiro.
Algumas outras lutas também foram representadas no evento, como a causa dos povos indígenas, ameaçados pelo desmatamento em todos os biomas do Brasil. “Estamos aqui para defender o nosso direito enquanto povos indígenas, defender a vida. [A situação do povo Palestiniano] é quase comparável, porque eles estão querendo acabar com esse povo também”, reflectiu Simão Mendes, membro da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) do Mato Grosso do Sul.
Mas o conflito não será o único tema importante em discussão durante os próximos dois dias. O Brasil, que preside a cimeira este ano, espera, nomeadamente, alcançar um acordo para uma taxação global dos super-ricos. É importante recordar que os acordos firmados durante o G20 não possuem carácter vinculativo.
Ainda assim, com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, os já escassos progressos esperados encontram-se fragilizados. A Argentina, sob a liderança de Javier Milei, já se posicionou contra um eventual acordo