Numa semana, mais de 170 pessoas morreram em combates entre clãs rivais no Sudão do Sul. O país está mergulhado numa guerra civil desde Dezembro de 2013.
Mais de 170 pessoas foram mortas durante uma semana de combates entre clãs rivais que utilizaram metralhadoras e granadas numa disputa pela posse de gado, indicou esta Terça-feira um responsável local.
O número de feridos eleva-se a “quase 200”, acrescentou Dharuai Mabor Teny, membro do parlamento da região dos Western Lakes, 250 quilómetros a Noroeste de Juba, a capital sulsudanesa. Um último balanço na Sexta-feira referia-se a 60 mortos nestes combates que se iniciaram a 6 de Dezembro entre os Rup e os Pakam, dois clãs rivais da etnia Dinka.
O Governo declarou o estado de emergência na região, o que implicou o envio de soldados às zonas em que as autoridades locais não conseguiram controlar os confrontos. “O estado de emergência destina- se a conter a violência”, indicou o porta-voz presidencial Ateny Wek Ateny, ao sublinhar que os civis “foram remetidos às suas casas devido aos violentos combates”.
O ministro regional da Informação, Bol Machok, referiu-se a casas incendiadas e residentes forçados fugir das suas aldeias. As comunidades pastorícias do Sudão do Sul promovem, regularmente, ataques para roubar gado e efectuar pilhagens. Com frequência, mulheres são violadas e crianças raptadas, suscitando o ciclo de represálias, refere a agência noticiosa France- Presse.
As tensões acentuam o clima de insegurança no país, envolvido numa guerra civil desde Dezembro de 2013, e que opõe o campo do Presidente Salva Kiir às tropas fiéis ao seu antigo vice-presidente, Riek Machar. O conflito já produziu dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados.