O presidente francês afirmou, ontem, que todos os países europeus “são vulneráveis” ante o regresso do “terrorismo islâmico”, um dia depois de um atentado que matou duas pessoas em Bruxelas e alguns dias após um ataque em França.
Emmanuel Macron falava durante uma conferência de imprensa em Tirana, na Albânia, onde se encontra de visita. “Todos os Estados europeus são vulneráveis.
O terrorismo islâmico está de facto a regressar e todos nós somos vulneráveis. É a vulnerabilidade que acompanha as democracias, os Estados de direito, onde há indivíduos que, a dada altura, podem decidir cometer o pior”, afirmou o chefe de Estado francês numa conferência de imprensa conjunta com o primeiroministro albanês, Edi Rama.
“Nunca será possível num Estado de direito haver um sistema em que o risco terrorista seja completamente erradicado”, alertou Macron, apelando ao estabelecimento de mais vigilância, frisando, porém, que “seria uma der ta extrema pensar que a resposta está na suspensão do Estado de direito”.
O chefe de Estado francês acrescentou ainda, a propósito do ataque ocorrido na passada Sextafeira, numa escola secundária em Arras, Norte de França, que “não viu qualquer falha” por parte dos serviços de informação e do Ministério do Interior franceses.
Na Sexta-feira, um professor francês foi esfaqueado mortalmente por um ex-aluno radicalizado.
O ataque foi perpetrado por um jovem russo-checheno de 20 anos que estava sinalizado pelas autoridades francesas por suspeitas de radicalização islâmica.
Na Segunda-feira, dois suecos foram mortos num ataque com uma arma de fogo em Bruxelas. O suspeito do atentado, um tunisino de 45 anos, foi morto a tiro pela polícia belga, informaram ontem as autoridades da Bélgica. Suspeito de extremismo, o tunisino vivia, ilegalmente, no território belga.
Macron defendeu, ontem, as medidas antiterrorismo implementadas desde a sua eleição à Presidência, em 2017. “Um modelo que nos permite estar tão seguros quanto possível fora do estado de emergência”, porque não se pode “viver em estado de emergência permanente”, frisou.