O Presidente de França, Emmanuel Macron, acompanhado do seu homólogo alemão, Frank Walter-Steinmeier, alertou ontem para o “fascínio pelo autoritarismo” na Europa, em vésperas das eleições europeias.
“As eleições europeias são importantes porque vivemos um momento histórico essencial e porque nunca tivemos tantos inimigos dentro e fora da Europa”, afirmou Macron num debate realizado sobre democracia por ocasião dos 75 anos da Lei Fundamental Alemã e os 35 anos da reunificação da Alemanha.
O presidente francês voltou a afirmar o que disse no final de Abril na Universidade Sorbonne, em Paris, de que “a Europa pode morrer” para falar do perigo que representa o “fascínio pelo autoritarismo” e o “nacionalismo”.
“Estamos a viver uma forma de crise da democracia”, afirmou o Chefe de Estado de França, considerando que é o “momento ambíguo” que se vive que alimenta o nacionalismo e os extremos”.
Macron elogiou a solidariedade europeia considerando que se os nacionalistas estivessem na liderança da Europa não haveria vacinas europeias, um plano europeu para relançar a economia, capacidade para responder ao desafio da imigração ou um acordo verde. Considerou ainda que a UE teria abandonado a Ucrânia e apoiado a Rússia.
Na mesma linha, Steinmeier disse que a Europa precisa de “uma aliança de democratas” no contexto político actual. Macron e Steinmeier fizeram estas declarações num debate que fez parte da visita que ambos fizeram à “festa da democracia”. Esta é também a primeira visita de Estado feita por um Presidente francês à Alemanha em 24 anos.