“Adinâmica actual da situação na frente [de batalha] mostra-nos claramente que vai continuar a piorar para os ucranianos. É provável que um homem que coloca os interesses do seu país acima dos seus próprios interesses e dos interesses dos seus ‘patrões’, considere tal proposta”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, referindo-se ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu ordenar imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kyiv começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO.
Estas reivindicações constituem uma exigência de facto para a rendição da Ucrânia, cujo objectivo é manter a sua integridade territorial e soberania, mediante a saída de todas as tropas russas do seu território, além de Kyiv pretender aderir à aliança militar. As condições colocadas por Moscovo foram rejeitadas de imediato pela Ucrânia, Estados Unidos e NATO.
Peskov afirmou ainda que não se trata de um ultimato, mas de “uma iniciativa de paz que tem em conta as realidades no terreno”. Estas declarações do porta-voz do Kremlin surgem depois de Zelensky ter prometido apresentar propostas de paz à Rússia assim que estas fossem validadas pela comunidade internacional, no quadro da Cimeira para a Paz na Ucrânia, que decorre na Suíça sem a participação da Rússia.