O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, foi forçado, ontem, a apresentar um pedido de desculpas, durante a primeira sessão parlamentar deste ano, devido a um dos maiores escândalos de corrupção do país em décadas.
A procuradoria japonesa acusou, formalmente, 10 pessoas de corrupção, incluindo três legisladores e vários assessores políticos, sendo mais um golpe no já impopular Governo de Kishida.
Em Dezembro, Kishida removeu do seu gabinete e de cargos importantes do seu partido pessoas ligadas ao escândalo, mas os índices de apoio ao seu Governo caíram para cerca de 20%.
O escândalo centra-se em fundos políticos angariados através de bilhetes para eventos partidários adquiridos por indivíduos, empresas e organizações.
Dezenas de legisladores do Partido Liberal Democrata (de Kishida) são acusados de se terem apropriado dos lucros provenientes da venda de bilhetes, através de subornos e falsificação de relatórios contabilísticos obrigatórios.