A também vice-Presidente disse, num evento nos subúrbios de Filadélfia, que Trump “tem usado o poder da presidência para rebaixar e dividir” e que “as pessoas estão cansadas disso”, segundo The New York Times.
Liz Cheney, uma ex-congressista republicana do Wyoming, disse que a sua formação como conservadora a obriga a dar prioridade à Constituição sobre o seu partido político, e que está preocupada em permitir que Trump, um político “totalmente errático e completamente instável”, administre a política externa dos Estados Unidos.
Trump tem retratado Harris como uma liberal radical, mas a candidata democrata adoptou um tom moderado durante a sua aparição ao lado de Cheney. Kamala Harris prometeu “acolher as boas ideias de onde quer que venham” e assegurou que vai “eliminar a burocracia” da vida dos norte-americanos, defendendo que “deve haver um sistema bipartidário saudável” no país.
Ela teve mais dois eventos com Cheney no dia de ontem, todos os três em condados ganhos por Nikki Haley, a ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas que concorreu contra Trump pela nomeação republicana.
A pouco mais de duas semanas da eleição presidencial e com a corrida empatada, a candidata democrata procura o apoio de todos os eleitores possíveis. A sua campanha espera persuadir aqueles que ainda não se decidiram, mobilizar quaisquer democratas que considerem ficar de fora e conquistar eleitores em áreas onde o apoio a Trump pode estar a diminuir.
020. Ontem, sabendo deste apoio a Harris, Trump atacou Cheney nas redes sociais, dizendo que ela é “burra como uma pedra”. Cheney, contudo, não é o único membro do seu partido a apoiar Harris.
Mais de 100 antigos e actuais membros do Partido Republicano juntaram-se a Harris na semana passada em Washington Crossing, Pensilvânia. Num comício ali realizado, Cheney disse aos eleitores republicanos que a escolha patriótica era votar nos democratas.
À medida que as eleições se aproximam, a candidata democrata tem-se concentrado cada vez mais em tentar desmascarar as mentiras de Trump sobre as eleições de 2020, acusando-o de ser “instável” e “perturbado”.
“Acredito que Donald Trump é um homem pouco sério”, disse Harris em vários comícios, argumentando que “as consequências do seu regresso à Casa Branca são brutalmente graves”.