A ordem de silêncio que pendia sobre Donald Trump no caso da actriz pornográfica Stormy Daniels, em que foi condenado, foi Terça-feira modificada pelo juiz, permitindo ao ex-presidente norte-americano comentar, publicamente, sobre testemunhas e jurados. A decisão do juiz Juan M.
Merchan — poucos dias antes do debate de Trump, na Quintafeira, com o Presidente democrata Joe Biden para as presidenciais nos Estados Unidos – autoriza o provável candidato republicano a atacar, novamente, o seu ex-advogado Michael Cohen, a actriz pornográfica Stormy Daniels e outras testemunhas.
Trump foi declarado culpado em 30 de Maio por falsificar registos para encobrir um potencial escândalo sexual, tornando-o no primeiro ex-Presidente norte-americano condenado por um crime.
Os seus advogados instaram Merchan a suspender completamente a ordem de silêncio, argumentando que não havia nada que justificasse a continuação das restrições aos direitos de Trump após a conclusão do julgamento.
O político republicano alegou que a ordem de silêncio o impediu de se defender enquanto Cohen e Daniels continuam a ridicularizá-lo.
O gabinete do procurador distrital de Manhattan, em Nova Iorque, tinha pedido a Merchan que mantivesse a proibição da ordem de silêncio sobre comentários a propósito de jurados, funcionários do tribunal e a equipa de acusação pelo menos até que Trump fosse sentenciado em 11 de Julho.
No entanto, na semana passada, disse que estaria de acordo com que Trump comentasse sobre testemunhas agora que o julgamento terminou, embora opondo-se ao levantamento da proibição de comentários sobre o júri.
Trump foi condenado por 34 acusações de falsificação de registos comerciais decorrentes do que os promotores disseram ser uma tentativa de encobrir um pagamento secreto a Daniels pouco antes da eleição presidencial de 2016.
A actriz pornográfica afirmou que teve um encontro sexual com Trump uma década antes, o que o político republicano nega.