O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, finalmente, ontem, a sua recandidatura à presidência do país, depois de meses em que foi sugerindo uma nova corrida à Casa Branca
Entretanto, Joe Biden preparava-se para apresentar esta semana, oficialmente, a sua recandidatura à Casa Branca, sem ter concorrentes fortes no Partido Democrata, por enquanto, segundo os ‘media norte-americanos’.
Biden já escolheu o seu director de comunicação, Michael Tyler, que terá estado a preparar um vídeo com o anúncio formal da recandidatura eventualmente para ser difundido já nessa Terça-feira bem como a directora de campanha, Julie Chavez, que trabalhou de perto com eo x-Presidente Barack Obama, de acordo com o jornal online Politico.
Tem adiado sucessivas vezes a apresentação da nova corrida à Casa Branca, quando diversas sondagens revelam que a maioria dos eleitores do seu partido estão preocupados com o facto de o Presidente poder chegar ao fim de um eventual segundo mandato com 85 anos, indicando preferir que os Democratas apresentassem um novo rosto.
Apesar disso, até agora, nenhum outro candidato de peso se apresentou com a intenção de disputar as primárias do Partido Democrata e, pelo contrário, Biden não tem tido dificuldade em ir angariando apoios de relevo entre as mais influentes figuras políticas do seu quadrante político.
Previstas para Novembro de 2024, as eleições do próximo ano nos Estados Unidos serão as primeiras após a redistribuição dos votos eleitorais de acordo com o censo pós-2020.
Em jogo estará, além da presidência, o controlo da Câmara de Representantes e do Senado.
De acordo com os media norteamericanos, Biden está já a preparar a imprescindível máquina de angariação de fundos para a sua campanha, que em 2020 foi uma das mais caras da história da democracia norte-americana.
A experiência e a rede de contactos de Chavez pode ser particularmente útil neste campo e, de acordo com os ‘media’ norte-americanos, a directora de campanha já terá marcado uma reunião privada para juntar alguns dos mais generosos doadores, na próxima Sexta-feira.
“No meio de um mundo de incertezas, precisamos de estabilidade.
E Biden garante-nos essa establidade”, disse Jamaal Bowman, um dos mais influentes congressistas Democratas, eleito por Nova Iorque, citado pelo jornal The New York Times numa frase cuja ideia tem sido repetida por várias facções do partido, mesmo aquelas mais radicais e que acusam o Presidente de ser demasiado conservador.
Para já, as duas únicas figuras que anunciaram o propósito de concorrer nas primárias do Partido Democrata foram Marianne Williamson, que repete o gesto de 2020, e Robert F.
Kennedy Jr., que os analistas consideram estar apenas interessado em usar o palco mediático para difundir as suas ideias anti-vacinas.
Entre os Democratas, um outro argumento de peso para apoiar Biden numa recandidatura é o facto de o actual Presidente já ter dado provas da sua eficácia a combater e derrotar o candidato que está à frente nas sondagens para as primárias Republicanas: o exPresidente Donald Trump.
Aliás, as sondagens dizem que o adversário Republicano mais difícil para Biden seria o governador da Florida, Ron DeSantis, que é igualmente um dos principais obstáculos internos para Trump e que tem vindo a ganhar popularidade entre os eleitores Republicanos e Democratas.
No lado Democrata, e apesar de índices de popularidade relativamente baixos, Biden também está em ascensão entre os eleitores, sobretudo entre a facção mais radical e mais à esquerda do partido, que em 2020 esteve ao lado do senador Bernie Sanders.