O Exército israelita garantiu, nessa Terça-feira (31), que mais de 800 mil civis palestinos fugiram da zona de combate no Norte da Faixa de Gaza
“Estamos satisfeitos por mais de 800 mil palestinianos terem deixado o Norte da Faixa de Gaza”, disse o porta-voz militar israelita, Jonathan Conricus, nas redes sociais.
As Forças de Defesa israelitas têm instado a população palestiniana a desocupar o Norte da Faixa de Gaza, apelos rejeitados pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, “porque representariam uma segunda Nakba para o povo palestiniano”.
A Nakba, ou “catástrofe” em árabe, refere-se aos 760 mil palestinianos que perderam as suas casas ou foram deslocados durante a guerra de 1948, que coincidiu com a criação do Estado de Israel.
O conflito israelo-palestino eclodiu, novamente, no dia 7 de Outubro, depois de o braço militar do movimento palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, ter lançado a operação surpresa Al-Aqsa Flood, capturando mais de 100 prisioneiros israelitas, entre soldados e oficiais de altas patentes.
Em retaliação, as tropas israelitas iniciaram a Operação Espadas de Ferro com bombardeamentos aéreos massivos sobre Gaza e na madrugada de 26 de Outubro iniciaram uma operação terrestre.
Nessa Terça-feira, o primeiroministro israelita Benjamin Netanyahu declarou que Israel passou para a terceira fase da sua guerra contra o movimento palestiniano Hamas.
O governo israelita impôs um bloqueio total ao enclave palestiniano de cerca de 2 milhões de habitantes, cortando o fornecimento de electricidade e a entrada de alimentos, água e combustível, em bora desde 16 de Outubro tenha permitido o fornecimento de água ao Sul de Gaza.
O enclave sofria um bloqueio parcial desde 2007, desde que o Hamas venceu as eleições naquele território. Até à data, as hostilidades causaram mais de 1.400 mortes e quase 5.500 feridos em Israel, e mais de 8 mil mortes e cerca de 19.400 feridos na Faixa de Gaza, de acordo com os últimos dados disponíveis. Muitos países apelaram a Israel e ao Hamas para que cessassem as hostilidades e negociassem um cessar-fogo.
O conflito israelo-palestino sobre disputas territoriais tem sido uma fonte constante de tensão e confrontos na região há décadas. A Organização das Nações Unidas (ONU) determinou, em 1947, a criação de dois Estados, Israel e Palestina, mas apenas o israelita foi criado.
Israel, embora declare que aceita o princípio dos dois Estados, não libertou definitivamente os territórios palestinos.
Os reféns do Hamas em Gaza O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, disse nessa Terçafeira que até agora foi notificado que 240 pessoas estão sendo detidas na Faixa de Gaza, aumentando o número de reféns confirmados.
“Informamos as famílias de 240 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza”, informou o porta-voz, acrescentando que o número não é definitivo, enquanto o Exército investiga novas informações.
O número não inclui os quatro reféns libertados, mãe e filha Judith e Natalie Ra’anan, e a sra. Yocheved Lifshitz e Nurit Cooper. Também não inclui o soldado Ori Megidish, resgatado pelas FDI na noite de Domingo (29).