Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza duas horas após a entrada em vigor do cessar-fogo com as facções armadas palestinianas, em resposta a dois ‘rockets’ lançados após a hora de início da trégua mediada pelo Egipto
Tecnicamente, ambas as partes violaram o cessar-fogo que punha fim a cinco dias de escalada bélica, em que morreram 34 palestinianos e uma israelita.
O acordo, alcançado com a mediação do Egipto, incluía o compromisso de “parar de atacar civis e habitações” e entrou em vigor às 22h00 locais (19h00 TMG e 20h00 de Luanda).
Muhamed al-Hindi, um alto dirigente da JIP que se deslocou ao Cairo para as negociações, afirmara que a organização classificada como terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia “respeitaria o acordo e cessar-fogo, enquanto o inimigo israelita o cumprisse”.
Por seu lado, o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, agradeceu ao Egipto e confirmou que o país aceitou um cessar-fogo, mas advertiu que “continuaria a fazer o que fosse necessário para se defender” se fosse alvo de novos ataques.
O anúncio do cessar-fogo foi feito ao mesmo tempo que uma rajada de ‘rockets’ era disparada da Faixa de Gaza, ao que o Exército israelita respondeu, quase imediatamente, com novos bombardeamentos do enclave palestiniano, quase à hora de entrada em vigor da trégua.
“Em resposta aos ‘rockets’, a aviação israelita atacou cinco lança-’rockets’ camuflados e um posto militar, cujas instalações eram utilizadas para treino da organização terrorista” JIP, indicou um porta-voz do exército israelita sobre o último bombardeamento antes do cessar-fogo, violado duas horas depois.