Investigadores tentam apurar os motivos que levaram um bengalês a detonar uma bomba amarrada ao próprio corpo num terminal de transportes em Nova Iorque nas horas de ponta da manhã de Segunda-feira, uma ocorrência que está a ser considerada como uma tentativa de ataque terrorista.
Três pessoas, incluindo um polícia, sofreram pequenas lesões quando o suspeito, Akayed Ullah, de 27 anos, detonou uma bomba caseira numa passagem subterrânea entre a estação de metro que fica debaixo do terminal de autocarros de Port Authority e a estação de metro da Times Square, no centro de Manhattan.
Ullah foi levado a um hospital após sofrer queimaduras causadas pelo dispositivo explosivo que estava preso no seu corpo e que não explodiu completamente, disseram autoridades. Investigadores disseram à Reuters que acreditam que o incidente deveria ter sido um ataque suicida.
Detalhes sobre a vida de Ullah emergiram na Segunda- feira. O ex-motorista de limusines chegou aos Estados Unidos em 2011 através de um visto familiar, revelaram as autoridades. Ullah vivia com a mãe, irmã e dois irmãos no Brooklyn e possuía um green card, disse Shameem Ahsan, cônsul-geral do Bangladesh em Nova Iorque. Proveniente do distrito de Chittagong, no Sudeste do Bangladesh, o suicida visitou o país pela última vez a 8 de Setembro, declarou o inspector geral da Polícia AKM Shahidul Hoque à Reuters, Segunda-feira.
Ullah não possuía histórico criminal no Bangladesh, referiu Hoque, e diversas autoridades norteamericanas com conhecimento da investigação disseram à Reuters que não há informação alguma que indique que Ullah fosse antes conhecido de agências de segurança dos EUA por quaisquer conexões com grupos militantes.
Entretanto, as autoridades não descartam a possibilidade de que alguma conexão venha a ser descoberta. Uma autoridade com conhecimento do caso revelou que investigadores encontraram provas de que Ullah havia assistido a propaganda de militantes do Estado Islâmico na Internet. As autoridades ainda não comentaram sobre os motivos de Ullah. Interrogado sobre se o bengalês havia reivindicado ou não alguma conexão com o Estado Islâmico, o comissário de Polícia de Nova Iorque, James O‘Neill declarou: “Ele fez declarações, mas nós não iremos falar sobre isso agora”.