Os Estados Unidos estão a preparar ataques terroristas na Síria em locais pré-determinados e contra instituições estatais com a ajuda de militantes, informou a assessoria de imprensa do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia (SVR, na sigla em inglês), citando o seu director, Sergei Narysh
“Como uma ferramenta regular para realizar os seus planos subversivos, os serviços de inteligência dos EUA mais uma vez pretendem usar extremistas islâmicos, agora chamados de ‘oposição moderada’”, disse o SVR.
Segundo o serviço de inteligência, “esta actividade criminosa é controlada a partir da base militar norte-americana de Al-Tanf, perto das fronteiras da Síria com a Jordânia e o Iraque”.
Dezenas de combatentes do Daesh são treinadas lá, cujas fileiras aumentam regularmente à medida que os norte-americanos libertam terroristas de prisões no Nordeste ocupado da Síria, diz a agência.
“Armas pequenas, munições e sistemas de mísseis anti-tanque estão a ser transportados para os campos de treino”, acrescentou.
“O cinismo das tarefas que as autoridades americanas estabelecem para os líderes de gangues é impressionante.
Os alvos prioritários incluem locais de aglomeração de pessoas, lojas e instituições estatais”, disse o comunicado.
De acordo com os dados, “uma equipa de oficiais de inteligência dos EUA na área está a coordenar ataques de militantes controlados por Washington em tempo real, principalmente nas problemáticas províncias do Sul de As-Suwayda e Daraa”.
Os dados também revelam que “a estrada estrategicamente importante entre as cidades de Palmira e Deir ez-Zor também está a ser atacada pelos terroristas”.
A Síria vive um conflito desde Março de 2011, no qual as forças do governo enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
A solução do conflito é buscada em duas plataformas, a de Genebra, sob os auspícios das Nações Unidas, e a de Astana, sob a mediação da Rússia, Turquia e Irão.
Em Dezembro de 2017, foi anunciada a derrota do Daesh na Síria e no Iraque, mas em certas regiões do país continua a eliminação dos remanescentes das células terroristas.
As milícias curdo-árabes das Forças Democráticas Sírias controlam a maior parte das províncias sírias de Al-Hasakah e Raqqa e algumas cidades nas províncias de Aleppo e Deir ez-Zor, com o apoio dos militares dos EUA.
Desde 2015, os EUA criaram quatro bases militares perto dos campos de petróleo de Deir ez-Zor e cinco em Al-Hasakah.
Damasco declarou em várias ocasiões que a presença de militares dos Estados Unidos em território sírio representa um acto de pirataria estatal com o objectivo de roubar petróleo.