Inspectores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) visitaram Douma, na Síria, para recolher amostras de um ataque que te rá acontecido há duas semanas. A equipa estava há vários dias a tentar chegar ao local, mas uma força de segurança da ONU, que fazia o reconhecimento do local, chegou a ser alvejada.
A Rússia culpou os rebeldes; EUA e França acusaram Moscovo de obstruir o acesso à zona atacada. A OPAQ esclareceu em comunicado que vai avaliar se precisa de fazer segunda visita a Douma. As amostras vão ser transportadas para a Holanda.
Com base na análise dos resultados da amostra e de outras informações e materiais, a equipa irá tentar determinar se foram usadas armas químicas e, em caso afirmativo, quais. A OPAQ re-tecebeu no dia 10 um pedido de Damasco para investigar o bombardeamento que, segundo organizações como os Capacetes Brancos, terá matado dezenas de pessoas com produtos químicos.
Estas acusações – negadas pelo governo de Assad bem como por Moscovo – desencadearam a retaliação dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido, no dia 14, quando bombardearam três instalações relacionadas com armas químicas. No que respeita ao conflito, o regime de Assad continua a ganhar terreno nos arredores da capital.
Depois de ter tomado Ghouta Oriental, segue-se o enclave de Qalamoun, 40 quilómetros a nordeste de Damasco. Após o exército russo ter intensificado o bombardeamento da localidade, as fações do Exército Sírio Livre renderam- -se e estão em retirada para Idlib e Jarablus, territórios controlados pelos rebeldes junto à fronteira com a Turquia. Segundo a TV estatal síria são 3200 combatentes e famílias.
Agora, os exércitos sírio e dos aliados viram-se para o último enclave junto à capital, neste caso a sul: o bairro Al-Hajar al- Aswad, onde o Estado Islâmico e outros grupos estão presentes. O enclave inclui o campo de refugiados palestinianos de Yarmouk.