‘Insto respeitosamente a que não convide o Conselho Europeu a decidir sobre estes assuntos em Dezembro, uma vez que a evidente falta de apoio vai conduzir, inevitavelmente, ao fracasso”, escreveu Víktor Orbán numa carta dirigida ao presidente da União Europeia.
O primeiro-ministro da Hungria disse ainda que as expectativas de uma decisão “são infundadas”.
O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Víktor Orbán, solicitou que as negociações com a Ucrânia para a sua entrada na União Europeia (UE) nem sequer fossem discutidas, uma vez que a falta de consenso implicará o seu fracasso.
“Insto, respeitosamente, a que não convide o Conselho Europeu a decidir sobre estes assuntos em Dezembro, uma vez que a evidente falta de apoio vai conduzir inevitavelmente ao fracasso”, escreveu Orbán em carta dirigida ao presidente do órgão comunitário, Charles Michel, que vai reunir os chefes de Estado e de governo dos 27 Estados membros.
Na missiva, Orbán refere-se à “expectativa” de que nessa reunião “o Conselho Europeu pode e deve decidir sobre o início de negociações de acesso com a Ucrânia”.
Porém, acrescentou, “dado o actual nível de preparativos políticos e técnicos, essas expectativas são infundadas”.
O chefe do governo húngaro é considerado o melhor aliado da Federação Russa entre os líderes da UE, sendo um opositor do envio de ajuda militar para a Ucrânia se defender da agressão russa.
Orbán insiste em que os 27 Estados membros da UE estão muito longe de um consenso sobre o quadro financeiro plurianual para o período 2021-2027, no qual está prevista uma verba de 50 mil milhões de euros para a Ucrânia.
A Hungria é, juntamente com a Turquia, o único Estado da NATO a não ter prestado ajuda militar à Ucrânia.