“A OMS condena mais uma vez este acto bárbaro de violência e exige a libertação dos restantes reféns. No entanto, esta atrocidade não justifica o horrível bombardeamento, o cerco e a demolição do sistema de saúde em curso por Israel em Gaza, matando, ferindo e deixando centenas de milhares de civis à fome, incluindo trabalhadores humanitários”, começou por escrever o responsável, na rede social X (Twitter), referindo-se, neste último ponto, à morte de sete membros da organização World Central Kitchen (WCK) na sequência de um ataque israelita na Faixa de Gaza.
Na óptica de Tedros Adhanom Ghebreyesus, “as mortes e os ferimentos graves de milhares de crianças em Gaza continuarão a ser uma mancha em toda a humanidade”, razão pela qual salientou que “este ataque às gerações presentes e futuras deve acabar”. “A negação das necessidades básicas – alimentos, combustível, saneamento, abrigo, segurança e cuidados de saúde – é desumana e intolerável”, complementou.
E continuou: “A OMS, juntamente com os nossos parceiros humanitários e de saúde, continuará a servir os profissionais de saúde, os pacientes e as comunidades em Gaza. Mas a contínua negação de acesso significa que as necessidades da população excedem em muito qualquer ajuda que conseguimos prestar até agora.
O facto de mais de 70% das mortes em Gaza serem mulheres e crianças deveria ser uma razão convincente para parar a guerra. Instamos todas as partes a silenciarem as suas armas. Apelamos à paz. Agora.” Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome ‘Tempestade alAqsa’, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou ‘Espadas de Ferro’.
O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.