O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, elogiou a “conclusão bem-sucedida” do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) em Moçambique, depois de ter recebido o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi
“O secretário-geral elogiou o Governo e o povo de Moçambique pela conclusão bem-sucedida da fase de desarmamento e desmobilização no âmbito do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional de 2019”, lê-se na declaração emitida pelo gabinete de António Guterres após a reunião, essa Segunda-feira, com o chefe de Estado moçambicano, à margem da 78ª reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
“O secretário-geral e o Presidente discutiram os desafios da paz e do desenvolvimento no país”, acrescenta-se. O processo de DDR, iniciado em 2018, abrange 5.221 antigos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição moçambicana, dos quais 257 mulheres, terminou em Junho último, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.
Aquela base fechou 30 anos e oito meses depois do fim da guerra civil moçambicana e a cerimónia representou o final do processo de desmobilização dos guerrilheiros que permaneciam nas bases em zonas remotas e que começaram a entregar as armas em 2019.
Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados, que também já está em fase final de implementação, segundo o Governo.
O encerramento da última base faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e a Renamo em Agosto de 2019, o terceiro assinado entre as partes, tendo sido os dois primeiros violados e resultado em confrontação armada, na sequência da contestação dos resultados eleitorais pelo principal partido da oposição.