A ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, afirmou que o Grupo Wagner é “violento e destrutivo”, além de “um instrumento militar da Rússia de Vladimir Putin” O grupo de mercenários russo Wagner vai passar a ser considerado como uma organização terrorista no Reino Unido, anunciou, Terça-feira, o governo britânico.
Assim, passará a ser ilegal ser membro ou apoiar o grupo, o que o coloca ao lado do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.
Em comunicado, a ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, afirmou que o Grupo Wagner é “violento e destrutivo”, além de “um instrumento militar da Rússia de Vladimir Putin”, e que a sua atividade na Ucrânia e em África é “uma ameaça à segurança mundial”.
“As actividades desestabilizadoras do Grupo Wagner continuam a servir os objectivos políticos do Kremlin. São terroristas, pura e simplesmente – e esta ordem de proibição torna-o claro na legislação britânica”, acrescentou, citada pela BBC.
O futuro do Grupo Wagner – empresa militar privada formada após a revolução ucraniana de 2014 e a anexação da Crimeia pela Rússia e que apoia os separatistas pró-russos – tem estado sob discussão após a morte dos fundadores Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin, num acidente de aviação, ocorrido no mês passado.
A morte de Prigozhin aconteceu dois meses após o líder do grupo de mercenários ter levado a cabo uma rebelião falhada contra o Kremlin, especificamente o Ministério da Defesa.
Após a investida, que durou cerca de 24 horas e terminou com um acordo, Prigozhin passou a residir na Bielorrússia.
As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jacto privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin e Utkin, transportava outras oito pessoas.