Durante os últimos dez anos, um fundo de desenvolvimento chinês investiu biliões de dólares em África.
Chi Jianxin, presidente do Fundo de Desenvolvimento China-África, disse à Xinhua numa conferência de imprensa que o fundo tem US$ 4,5 biliões a investir em 91 projectos em 36 países, com mais de US$ 3,2 biliões já destinados. “Após a conclusão de todos os projectos, o fundo colocará mais de US$ 20 bilhões das empresas chinesas em África”, assinalou Chi. Para apoiar as empresas em África, o fundo foi estabelecido em 2007 depois da Cúpula de Beijing 2006 do Fórum de Cooperação China África. A escala inicial do fundo era de US$ 5 biliões, e o volume se expandiu para US$ 10 biliões em 2015.
Investiu-se nas áreas de infra-estrutura, cooperação na capacidade de produção e agricultura. Quando forem concluídos, os projectos produzirão 11 mil camiões, 300 mil aparelhos de ar condicionado, 540 mil geleiras, 390 mil televisores e 1,6 milhão de toneladas de cimento todos os anos, aumentando as exportações da África em US$ 2 biliões e a receita tributária em US$ 1 bilião anualmente, segundo Chi.
“Diferente de assistência ou empréstimos, o fundo leva mais capital à África com o seu próprio investimento”, acrescentou. A medida mereceu as boas-vindas, pois permite que os países impulsionem os projectos sem aumento da carga de dívida e aumentam a sua própria capacidade de desenvolvimento, disse Chi. Nos últimos anos, África goza de uma situação política geralmente estável com um rápido crescimento económico, mais residentes urbanos e consumidores de classe dr média, e uma maior demanda pelas mercadorias de consumo. Muitos países africanos têm vantagens geográficas, baixo custo de mão-de-obra e um bom ambiente de comércio.
Eles estão bem posicionados para a cooperação industrial internacional. “A infra-estrutura, manufactura e campos agrícolas de África continuam com um desenvolvimento saudável e têm um enorme potencial, portanto, estamos confiantes nas possibilidades”, disse Chi. O fundo planeia fazer mais investimento e destinar mais capital à África sob a Iniciativa do Cinturão e Rota e as políticas chinesas sobre a cooperação internacional em capacidade de produção e manufactura de equipamentos. No processo, o fundo permanece com uma atitude aberta para a cooperação com os países não-africanos e as organizações internacionais, pois considera o desenvolvimento africano como uma responsabilidade conjunta da comunidade internacional, assinalou Chi.