Depois do que esta a ser considerado “o mais mortífero ataque contra Israel”, ocorrido este Sábado, 7, com lançamento sobre o estado hebraico de mais de cinco mim rockets, Israel respondeu ontem e madrugada deste Domingo, 8, com um forte contra ataque.
Autoridades israelitas admitem que, em consequência do ataque, pelo menos 200 pessoas foram mortas e mil e 100 ficaram feridas, enquanto fontes palestinianas anunciam mais de 230 falecidos e mil 600 feridos.
É o ataque “mais mortífero em década”, contra Israel, concordam várias fontes de informação. De acordo com os responsáveis da Protecção Civil (Serviço Nacional de Salvamento de Israel) pelo menos 200 pessoas foram mortas e 1.100 ficaram feridas, na incursão militar do Hamas.
Israel apanhado de surpresa
Israel foi apanhado desprevenido, na manhã de sábado (8 de outubro), por uma ofensiva terrestre, marítima e aérea de milicianos palestinianos de Gaza. Perante a incredulidade do governo, estes conseguiram atacar a zona fronteiriça e avançar no terreno, ganhando o controlo de pontos-chave e de comunidades israelitas limítrofes de Gaza, algumas das quais não tinham sido recapturadas, ao início da noite de sábado.
Um número indeterminado de soldados e civis foram abatidos e outros, militares e civis – fala-se em, pelo menos, cinquenta – foram raptados e levados para Gaza. O grupo islamita Hamas e a Jihad Islâmica dizem que vão usá-los para exigir a libertação de prisioneiros palestinianos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarava que Israel está “em guerra” e apelava a uma mobilização em massa dos militares do Exército na reserva.
O líder da oposição, Yair Lapid, mostrava-se disposto a criar um governo de emergência, com Netanyahu, para criar uma frente unificada.
O Hamas considera a ofensiva um sucesso militar e diz-se preparado para “continuar a batalha” e pronto para resistir “a longo prazo”. Fontes palestinianas em Gaza adiantavam que este rejeitou as propostas de negociação de um cessar-fogo, por iniciativa do Egipto, Qatar, Liga Árabe e Jordânia.
Retaliação de Israel
Na sequência retaliativa, um ataque aéreo israelita visou um arranha-céus no centro de Gaza. A Torre Palestina, de 14 andares, albergava dezenas de famílias mas também, segundo fontes israelitas, escritórios ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica. Telavive deu 10 minutos aos habitantes para saírem, antes de destruir o edifício, ao mesmo tempo que anunciava também o corte do fornecimento de eletricidade a Gaza.
Foi um dia de muita tensão a agência de notícias espanhola EFE escrevia, ao final da tarde, que a “situação está fora de controlo”. Há áreas que ainda estavam sob o controlo de milícias palestinianas.
Nesta manhã de domingo, 8, fontes israelitas anunciaram que estava terminada a primeira fase da retaliação de Israel ao Hamas, designada operação “Espada de ferro”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que conseguiu expulsar a maioria dos combatentes do Hamas que tinham entrado em território israelita.
O contra ataque a Gaza foi suportado por bombardeamentos que se prolongaram durante todo o dia de sábado e a noite de sábado para domingo, em resposta ao ataque-surpresa do Hamas neste sábado, com mais de 5000 rockets que atingiram várias cidades de Israel e com a incursão de combatentes em território israelita. A artilharia israelita atingiu também o sul do Líbano, em resposta a tiros vindos desta zona.
Israel fala em 250 mortos e mais de 1500 feridos, enquanto as autoridades do Hamas na Faixa de Gaza dizem que morreram, pelo menos, 232 palestinianos e há mais de 1700 feridos como consequência dos ataques de Israel.