O Exército da Somália e as milícias locais favoráveis ao Governo afirmaram ontem, terçafeira, em Mogadíscio, que mataram 60 alegados membros do grupo terrorista Al-Shebab nos arredores da cidade de Harardhere, no estado de Galmudug.
Segundo o chefe do Exército, Odoua Yusuf Rage, citado pela Efe, “os militares tiveram informação prévia dos serviços de informações sobre a movimentação dos terroristas e lançaram uma operação especial na zona”.
Acrescentou que durante a operação, além dos 60 mortos foram também apreendidos um veículo e um camião com explosivos, e detidos vários membros do AlShebab, que mantêm laços com a organização terrorista Al-Qaida.
A Somália tem aumentado nos últimos meses a ofensiva contra o Al-Shebab com o apoio de clãs e milícias locais como parte de uma série de decisões tomadas pelo Presidente, Hasán Sheij Mohamud, que prometeu, quando assumiu o cargo, colocar a luta contra o terrorismo no centro dos esforços para estabilizar o país africano.
O Al-Shebab, afiliado à Al-Qaida desde 2012, realiza frequentemente ataques em Mogadíscio e outras partes do país para derrubar o Governo central – apoiado pela comunidade internacional – e estabelecer um Estado islâmico ‘wahhabi’ (ultraconservador).
O grupo terrorista controla áreas rurais no centro e sul da Somália e também ataca países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra fundamentalistas islâmicos.