Os Estados Unidos voltaram atrás no alívio de algumas sanções, implementadas em Outubro, contra a empresa estatal Corporação Venezuelana de Guayana Minerven, dedicada à exploração e comercialização de ouro venezuelano.
A medida foi anunciada, na Segunda-feira, pelo Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros (OFAC, sigla em inglês), num comunicado divulgado na Internet, em que o Departamento do Tesouro ordena que todas as operações com a empresa actualmente a serem processadas devem estar concluídas antes de 13 de Fevereiro.
A medida proíbe, igualmente, quaisquer transacções que envolvam pessoas sancionadas pelos EUA, membros do Governo da Venezuela, do Banco Central da Venezuela e do estatal Banco da Venezuela SA Banco Universal.
A medida tem lugar depois de na Sexta-feira o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela confirmar que a vencedora das eleições primárias opositoras de Outubro de 2023, María Corina Machado, não poderá concorrer contra o actual chefe de Estado Nicolás Maduro nas presidenciais venezuelanas, previstas para o segundo semestre de 2024.
Em Outubro de 2023, o OFAC tinha aliviado algumas sanções contra a Venezuela, relacionadas com a actividade petrolífera, de gás e ouro, no âmbito de um acordo assinado em Barbados, entre o Governo de Maduro e a oposição sobre a protecção de direitos políticos e garantias eleitorais.
Em Março de 2019, o OFAC sancionou a Guayana Minerven e o presidente da empresa, Adrián António Perdomo Mata, por “apoiar o regime ilegítimo de Maduro”, saquear a riqueza do país, pôr em risco povoações indígenas, invadir áreas protegidas e causar desflorestamento.