Os EstadosUnidos não receberam nenhum pedido oficial de extradição do expresidente brasileiro Jair Bolsonaro (PLRJ), mas, se houver, Washington o analisará com cuidado, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine JeanPierre, a repórteres nessa Quarta-feira (11)
“Não tenho conhecimento de um pedido oficial de informação ou extradição do governo brasileiro, embora, é claro, se recebermos um, o tratemos com seriedade e o examinemos com cuidado, como geralmente fazemos para tais pedidos”, disse Jean-Pierre.
Bolsonaro, que foi internado com dores abdominais na Flórida, na Segunda-feira (8), deixou o hospital no dia seguinte (9), e disse que planeia voltar para casa mais cedo, pois os médicos brasileiros tiveram uma perspectiva melhor da sua condição. Isso ocorreu logo depois que o senador brasileiro Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que enviaria um pedido ao juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes, para pedir a extradição imediata de Bolsonaro dos EUA.
Segundo o senador, o ex-chefe de Estado é o responsável por incitar os actos de vandalismo no Brasil, no último Domingo (8).
Além disso, o vice procuradorgeral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Rocha Furtado, pediu a um tribunal para congelar os bens de Bolsonaro.
Bolsonaro perdeu a eleição presidencial no Brasil, em Outubro, e partiu para os Estados Unidos, em 30 de Dezembro, um dia antes do término do seu mandato, evitando assim a posse do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os apoiantes de Bolsonaro, protestando contra os resultados das eleições desde a divulgação do resultado, intensificaram os seus protestos na semana passada e invadiram vários prédios do governo, no Domingo (8).
A Polícia recuperou o controlo dos prédios à noite.
Até agora, 670 pessoas foram presas. Outras 599 foram libertadas por serem idosas ou por estarem acompanhadas de crianças.