“Bem, deixem-me começar por dizer: Olá, Kalamazoo. Ou devo dizer Kamala-zoo?”, perguntou. Depois, passou aos assuntos sérios. Invocou o grito de guerra que lançou na Convenção Nacional Democrata, “façam alguma coisa”, e mostrou-se preocupada com os resultados das últimas sondagens, que mostram os dois candidatos, Kamala Harris e Donald Trump, praticamente empatados.
“Está demasiado renhido para o meu gosto. E eu vim aqui ao Michigan porque sou alguém que leva a sério os seus próprios conselhos”, disse Michelle Obama.
Segundo ela, sei que se quisermos ajudar este país a virar finalmente a página da política de ódio e divisão, não podemos ficar sentados a queixar-nos. Não, temos de fazer alguma coisa”, pediu Michelle Obama, sem rodeios.
A mulher de Barack Obama referiu também os desafios de se ser uma mulher negra nos Estados Unidos para responder àqueles que questionam por que razão é que Harris deve ser considerada “mais relevante” do que o seu adversário.
“Esperamos que ela seja inteligente e articulada, que tenha um conjunto claro de políticas, que nunca mostre demasiada raiva, que prove, uma e outra vez, que pertence”, disse. Mas, para Trump, não esperamos nada.
Nenhuma compreensão política, nenhuma capacidade de apresentar um argumento coerente, nenhuma honestidade, nenhuma decência, nenhuma moral, argumentou a antiga primeiradama.
A menos de duas semanas das eleições norte-americanas, Michelle Obama junta-se assim à vice-presidente Kamala Harris na campanha depois de ter feito, em Agosto, um discurso visto como “empolgante” na Convenção Nacional Democrata.
Michelle será a última de uma série de apoiantes de peso a aparecerem ao lado da Harris. Beyoncé apareceu com a vice-presidente na sexta-feira em Houston e Bruce Springsteen e Barack Obama apoiaram-na em Atlanta, na quinta-feira. Kamala Harris visitou, este sábado, um hospital em Portage, no Michingan, para destacar a questão dos direitos reprodutivos.