Um cidadão chinês que viajou aos EUA foi aliciado para espiar um instituto de defesa a favor de Washington, de acordo com a emissora chinesa CCTV, que citou uma autoridade local
Um cidadão chinês que trabalhava para um instituto de defesa foi acusado de espionagem para os EUA, e o seu caso foi transferido para um tribunal na cidade de Chengdu, para julgamento, informou, no Domingo (22), a principal agência de contraespionagem da China.
Durante a investigação, foi revelado que o homem, de sobrenome Hou, foi enviado em 2013 como acadêmico visitante a uma universidade dos EUA, onde foi coagido a revelar segredos de Estado chineses, relatou a emissora chinesa CCTV.
Um professor americano próximo a Hou o teria apresentado a alguém que dizia ser funcionário de uma empresa de consultoria, mas que na verdade era um “oficial de inteligência” americano, que usava a empresa como disfarce.
O funcionário de inteligência teria prometido ao cidadão chinês um pagamento entre USD 600 e USD 700 por cada serviço de qualidade prestado.
O agente americano acabou por revelar as suas verdadeiras intenções, o que fez com que Hou, que temia pela segurança da sua esposa e filho, concordasse com os termos.
Segundo a reportagem, Hou foi solicitado a revelar segredos altamente confidenciais em sessões de uma hora, recebendo USD 1.000 como compensação.
A mídia chinesa disse que a cooperação continuou depois que Hou regressou à China, em 2014, e que a colaboração incluía reuniões com a inteligência dos EUA enquanto participava em conferências internacionais, bem como entrega de informações de inteligência no campo da defesa nacional e do sector militar por sua própria iniciativa.
Após investigações do governo chinês, Hou foi detido em Julho de 2021 e acusado de suspeita de espionagem.
Segundo uma declaração publicada Domingo (22) do Ministério de Segurança do Estado da China, “as actividades de espionagem andam de mãos dadas com o engano, a tentação e a conspiração”.