A Eslováquia anunciou a suspensão das importações de grãos e outros produtos da Ucrânia, disse o primei- ro-ministro Eduard Heger, , nas redes sociais.
“Hoje [ontem] haveria uma sessão do grupo de trabalho sobre este tema”, acrescentou.
Na semana passada, a Eslováquia propôs o lançamento de um mecanismo na União Europeia (UE) que poderia ajudar a Ucrânia a comprar o seu próprio trigo para impedir que ele entrasse no mercado europeu.
Esta proposta foi apoiada pela Polónia, Hungria, República Tcheca, Bulgária e Romênia.
O Ministério da Agricultura da Eslováquia também informou que não recomenda a importação de grãos ucranianos e produtos derivados após a descoberta num dos lotes de um pesticida que poderia afectar negativamente a saúde humana.
Bratislava impôs uma proibição estrita da transformação e comercialização de grãos e farinhas já existentes.
Além disso, no início de Abril, a Eslováquia reforçou o controlo de qualidade e o trânsito de grãos importados da Ucrânia para proteger o mercado local.
A questão da exportação de trigo ucraniano também foi levantada pelo primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, numa reunião com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.
Como o chefe do gabinete observou, é necessário tomar medidas para garantir que o trigo ucraniano não permaneça no mercado europeu e não discrimine os produtores locais.
Segundo o governo eslovaco, Zelensky prometeu negociar com os exportadores para que não abusassem da situação.
No Sábado (15), a Polónia e a Hungria, em meio a protestos de agricultores locais, anunciaram a suspensão das importações de produtos agrícolas ucranianos que entram no mercado europeu sem direitos alfandegários.
A Bulgária anunciou a possibilidade de uma decisão semelhante no dia anterior.
No final de Março, alguns chefes de governo da UE pediram à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que interviesse na crise provocada pela entrada em massa de grãos da Ucrânia, que levou a uma forte queda nos preços agrícolas locais.
Numa carta, os primeiros-ministros da Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária e Eslováquia apontaram um aumento sem precedentes das importações de grãos, oleaginosas, ovos, aves, açúcar, suco de maçã, frutas vermelhas, maçãs, farinha, mel e massas provenientes da Ucrânia.