Os Emirados Árabes Unidos e o Qatar concordaram ontem reabrir as respectivas missões diplomáticas, acordo a que chegaram depois de um ano do boicote de Doha por causa de uma disputa política Numa declaração, o Gabinete de Imprensa Internacional do Qatar indicou que os dois países estão a trabalhar no sentido de se reabrirem as embaixadas “o mais rápido possível”.
Também num comunicado, os Emirados Árabes Unidos confirmaram que está em curso” a activação” dos laços diplomáticos entre os dois países, que inclui a reabertura das embaixadas.
Nenhuma das declarações avançou uma data para a reabertura das missões diplomáticas.
Os Emirados Árabes Unidos, assim como Bahrein, Egipto e Arábia Saudita, lançaram em 2017 um boicote ao Qatar e bloquearam o espaço aéreo à companhia aérea do país, além de impor outras restrições.
As quatro nações ficaram irritadas com o restabelecimento dos laços diplomáticos do Qatar com países islâmicos e sobretudo com o Irão, bem como com outras alegações políticas durante a administração norte-americana liderada então por Donald Trump.
A medida desencadeou a maior crise diplomática entre os países do Golfo Árabe desde que o Iraque invadiu o Kuwait, em 1990.
Inicialmente, Trump pareceu apoiar os quatro países, embora mais tarde, em 2019, tenha recebido o emir do Qatar na Casa Branca.
O Qatar, cuja riqueza vem de um campo de gás natural ‘offshore’ que partilha com o Irão, abriga o quartel-general avançado do Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos.
O boicote terminou em 2021, pouco antes da posse do novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
A organização do Campeonato do Mundo de Futebol de 2022 no Qatar contou com a presença do presidente do Egipto e do príncipe herdeiro saudita na cerimónia de abertura.
Desde então, as relações do Qatar com o Bahrein e os Emirados também desanuviaram.