O embaixador da Ucrânia em Londres, Vadim Pristaiko, admitiu que o tema do conflito na Ucrânia está desaparecendo das primeiras páginas da mídia mundial. “Obviamente, a novidade do conflito na Ucrânia está desaparecendo.
O apoio ainda existe, mas não estamos nas primeiras páginas dos noticiários diários como costumávamos estar, porque há muitas outras tragédias acontecendo no mundo. Entendemos como isso funciona.
É a realidade”, disse ele no canal de TV Sky News.
Operação especial na Ucrânia
Em 24 de Fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial com a tarefa de “proteger as pessoas que foram submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev durante oito anos”.
Para atingir esse objectivo, de acordo com Putin, a Rússia planeia “desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia” e julgar todos os criminosos de guerra responsáveis por “crimes sangrentos contra civis” em Donbass.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Mariupol, bem como a região de Kherson, áreas de Zaporozhie perto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de Setembro, a RPD, a RPL e as regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Rússia, com a maioria da população votando a favor.
Em 30 de Setembro, durante uma cerimónia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia.
Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de Outubro.
Moscovo tem indicado repetidamente que está pronta para as negociações, mas Kiev legislou uma proibição das mesmas. Vladimir Zelensky disse anteriormente no G20 que não haverá nenhum terceiro acordo de Minsk.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse à Sputnik que tais palavras “confirmam absolutamente” o posicionamento de Kiev de indisponibilidade para negociar.
O Ocidente pede constantemente à Rússia para negociar, e Moscovo demonstrou sua vontade de o fazer, mas ao mesmo tempo o Ocidente ignora a constante recusa de Kiev em negociar.